A tradição no moderno; a ancestralidade na contemporaneidade; o conservador na vanguarda; o étnico no urbano; a síntese na antítese.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

O manto (ou A coroação da aparecida do rio)


No quadro “O manto (ou A coroação da aparecida do rio)” a pintura se mistura a um romance cordelista em forma poética trazendo uma nova “embolada” visual, onde a métrica e a rima de seus versos vestem uma roupagem alegórica e contemporânea, através das imagens pictóricas a trama é “cantada” ao longo da fruição da experiência estética.
Tudo parte do corpo nu e suas curvas sensuais sendo revelada e velada entre as tranças longas, onduladas e em constante movimento como se estivesse a seguir um fluxo de uma correnteza, que de maneira natural acabam se desfazendo e se entrelaçando em outras partes, exposto também na maneira que foi pintada depois raspada com facão e pintada novamente.
Entre as tranças surge em primeiro momento, as flores como ornamento acompanhando a narrativa, as flores ou óvulos ou a vida que brotam em seus caules longos que tem como matriz o corpo fértil feminino.
O desafio do repentista segue, e o corte desse fluxo orgânico vem através da sobreposição chapada do veludo ou da sacralização da imagem com a sua coroação do pente africano ornamentado, e as flores arrancadas das tranças. O manto é todo alinhavado com franjas de linha e pintado com cirandas florais imprecisas.
O movimento das curvas femininas e orgânicas se contrapõe as figurações estáticas em tinta densa e uma palheta de cores variadas dos adornos do manto, os limites impostos pelos alinhavos não contém a “correnteza” da volúpia carnal, criando um paradoxo entre os limites espaciais impostos e o fluxo originário que deseja seguir.

MAIS TRABALHOS EM : http://www.flickr.com/photos/41359206@N04/sets/

quinta-feira, 29 de março de 2012

Lomographics


.." Quero Lonjuras . Minha selvagem intuição de mim mesma. Mas o meu principal está sempre escondido. Sou implícita. E quando vou me explicar perco a úmida intimidade."..." Nasce no ar a primeira flor. Forma se o chão que é terra . O resto é ar e o resto é lento fogo em perpétua mutação"..." Meu esforço : trazer agora o futuro para já. Movo dentro de meus instintos fundos que se cumprem as cegas . Sinto então que estou nas proximidades de fontes, lagoas e cachoeiras, todas as águas abundantes. E eu livre"..."O que faço por involuntário instinto não pode ser descrito" Clarisse Lispector
Meus trabalhos no Flickr - Galeria Amanda Vendramin

Figurino - Tingimento orgânico

quarta-feira, 23 de março de 2011

Espetáculo: " Palmares,a capital do Brasil"


Pesquisa de referências para cartela de cores

Ilustração


Ilustração para o clip " A flor do velho engenho" e para o site de Lucio Sanfilippo

Figurino: " A seca"

Figurino: " Para Bailar"